quarta-feira, 10 de março de 2010

∿ Until the night falls - 11º Capítulo

(...)

Cheguei onde todos estavam e sentei no pufe.
— Bom quem começa?
— Vamos arrumar tudo direitinho, e quem tirar o numero maior no dado, vai primeiro.
Todos nós estavamos com medo, dava para ver em nossos olhos. Mesmo que os buatos do jogo sejam mentiras, sempre tem, um fundinho de verdade... E isso era o que eu temia mais. Nós arrumamos o tabuleiro, e cada um escolheu a cor de seus pininhos.

Judy - Vermelho.
Cacau - Amarelo
Juh - Roxo
Lino - Verde
Bruno - Azul.

Todos jogaram o dado, e a marcação ficou : 1 ° lugar - Lino. 2° lugar - Cacau. 3° lugar - Judy. 4° lugar - Bruno. 5 ° lugar - Juh. Lino jogou o dado, e deu numero 4. Andou 4 casas, e estava pedindo para ele pegar uma carta. '' Você tera que vencer no box, contra o Lutador mais famoso''. Ninguém entendeu, e todos riram. Até que o inferno começou. Do nada, minha sala virou um estádio de box, como um passe de mágica, e nos ficamos na platéia, assistindo Lino lutando box.. quero dizer, apanhando.
Apareceu uma voz do jogo que disse. — Lino, você perdeu. E agora terá que arcar com as consequencias. E só mais uma coisa, se não conseguir sair de sua punição junto com seus amigos, vocês ficaram presos no jogo para sempre.
— O QUE? — todos nós gritamos.
— Eu disse que isso nao éra uma boa ideia, que MERDA! — gritei revoltada.
— Calma, não é hora para nós brigarmos, afinal o que poderia acontecer com a gente? — perguntou na ironia calma, Bruno.
Então novamente minha sala se transformou em outro lugar, menos a minha sala. Estavamos em uma floresta, escura e a noite. Aquilo já estava ficando assustador, qual era o jogo que virava um estádio ou uma floresta escura? Isso só pode ser brincadeira comigo, ou devo estar pagando meus pecados, que são milhares. Nós ficamos nos olhando e procurando a saida daquela mata escura.
— Então o nosso castigo de ter perdido, é ficar em uma mata escura? — disse Cacau rindo.
Nós ouvimos um som de serra eletrica. Nós nos viramos juntos, e vimos um cara de mascara, com serra eletrica na mão.
— A TÁ DE BRINCADEIRA? — gritei.
— Nossa que dahora, estamos no filme ''O massacre da serra eletricá''.
— LINO! — Nós gritamos.
— Não é tão legal ser comido vivo, ou morto — vai por mim, eu sei disso muito bem. — respondi com voz falha.
— COOOORRE! — gritou juh.
Nós corremos e corremos, mas não adiantava, o cara da serra eletrica estava bem atrás de nós. Eu estava tão fraca, eu não havia comido aquela saborosa 'tripas' ou o sangue humano, a dias. Tropecei na pedra, e cai no chão. Começei a gritar.
— JUUDY! — gritou Bruno.
Eu me virei, e olhei para o cara, que estava com a serra eletrica, bem em minha frente.
Olhei para aquele cara, alto de roupas pretas. Ele ligou novamente a serra eletrica. Colocou em meu pé e começou a cortar. Eu gritava, e meu osso saindo para fora. O sangue escorria em minha perna, e eu gritava mais e mais.
— NÃAAAAAAAAAAAAAAO! — gritava Bruno e os outros.
— A-adeus ... — disse fechando os olhos.
Eu ia desmaiar no chão, até Bruno jogar um metal para mim.
— ATAQUE JUDY! — gritou Bruno.
Eu estava sem forças para atacar ninguém. Mas ouvi Bruno replicando e Juh chorando, e a raiva subindo. Que me levantei, mancando mais levantei. Ataquei com aquele metal em sua cabeça, mas não adiantou. Ele pegou a serra eletrica e passou de raspão em meu braço.
— JA CHEGA! — eu gritei.
Eu estava furiosa. Meus olhos estavam brancos, e eu estava ardendo em chamas. Peguei aquele metal e enfiei em seus olhos, fazendo com que ele caisse no chão. Peguei a serra eletrica de sua mão e logo disse :
— Adeus, otário.
E cortei sua cabeça. Todos vieram para mim, me abraçar.. e eu virei meus olhos rapido, antes que Bruno me vesse. Eles me abraçaram e a mata sumiu, e minha sala voltou.
Era vez de Cacau jogar. Ela jogou o dado, e deu numero 3. A casa em que ela parou, estava escrito : ' Verdade ou Mentira?'A voz voltou novamente.
— Catarina, responda com sinceridade, pois se mentir, você pagara uma punição, junto com seus amigos, e já sabe o que ocorre né?
— Sim, eu sei — disse Cacau, tremendo.
— Catarina, você é apaixonada por Lino desde o ano passado?
Ela tremeu. Todos olharam para ela, esperando a sinceridade.
— Não. — disse ela, se tremendo cada vez mais.
A sala sumiu novamente.Desta vez, nós fomos parar em um vulcão. E neste vulcão tinha uma passarela, só que era velha e estava toda quebrada, prestes a dispencar.
— Quem vai ser o primeiro a passar? — Perguntou Lino.
— EU — eu que meti vocês nessa — disse Cacau, com lágrimas escorrendo.
— CACAU! — gritei.
Ela olhou para mim, esperando minha fala.
— Porque você mentiu? — perguntei, lágrimas caindo em meu rosto.
— Eu não sei Judy, não sei. — disse ela, olhando para Lino, e lágrimas caindo em seu rosto mais e mais.
Cacau pisou levemente nos pedaços de madeira podre, mas quando pisou no 5, despencou. Ela se segurou na corda e começou a pedir socorro.
— CAAAAAACAU! — eu gritei.
— Desculpa gente, desculpa por meter vocês nessa, adeus.
— NÃAAAAAAAAAAAO, CACAAAAAAAAU! — gritou Lino.
— Lino... nao se prenda pela Carla, ela é falsa e esta.. esta ..
— O que? O que? — perguntou Lino, afobado.
A corda dispencou, e Cacau caiu na lava.
— CACAAAAAAU EU TE AMO! — gritou Lino.
A lava começou a tremer, e o vulcão sumiu. Fazendo com que nós voltassemos para a sala, e Cacau? Voltou logo depois. Nós festejamos e nos abraçamos.
— Nós temos que parar de jogar essa merda agora! — gritei .
— Você nao ouviu ? Se nós nao terminarmos o jogo, ficaremos presos, e para sempre. — respondeu Juh.
— MERDA! — gritei, socando a parede, fazendo com que ficasse um buraco.
Todos ficaram asssustados, principalmente Bruno.
Eu joguei o dado, e caiu em verdade ou mentira. Sabia, que eu estava fudida. E a voz disse :
— Judy, responda com sinceridade... Você é ou não, um demonio ?
Eu fiquei palida. Meus olhos começaram a piscar sem parar. Meus pelos do braço e das penas, ficaram todos impé. O medo? Era horrivel, e maior. Lino me olhou com uma cara, e Cacau também. Abaxei a cabeça.
— Sim, eu sou um demonio.
Todos ficaram sem reaçoes. E bruno? Só ficou de boca aberta, mas depois, sorriu. Ele chegou mais perto e disse :
— Judy eu ..
— Não, não precisa. Eu sei que esta com medo, e assustado. Se quiser se afastar de mim tudo bem que vou entender e mais..
— Judy, eu não disse nada. — disse ele, colocando os dedos em meus lábios.— Não é porque você é um demonio, nãao vou parar de ser seu amigo.
Fiquei sem reaçoes.
— E eu já sabia.
— Sabia? — perguntei assustada.
— Nervosismo intenso, olhos brancos, fraquesa por sangue.. qual é né Judy, sou um caçador de Demonios.
— Você vai ..
— Não, fique tranquila. Não vou te caçar, mas sei quem vai. — disse ele sorrindo.
— Bruna Brondon?
— Essa mesmo, ela é um perigo.

Engoli a seco. Nós nos abraçamos. Agora eu sei o porque desse jogo, ele colocou nossas vidas não em riscos, nossas vidas amorosas, verdadeiras e de amizades. Nós naquele dia, vimos o quanto é bom a amizade, e o valor de cada uma.

Continua...

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