quinta-feira, 11 de março de 2010

∿ Until the night falls - 12º Capítulo

(...) - Segunda feira, 11:25 da manha.

Eu acordei, com um pouco de dor de cabeça da noite passada, ficamos até madrugada jogando aquele jogo, até que no final, foi divertido. Fiz minha higiene, escolhi minha roupa, saia, salto alto e uma blusa, peguei meu wayfarer vermelho, e desci pra comer minha lasanha. Terminei, escovei os dentes, passei perfume, maquiagem e entrei no meu carro indo para a escola, pois as meninas iam andando. Chegando na escola, peguei meus livros, e entrei na classe. Sentei no meu lugar, perto de Juh e Lino, Cacau e Bruno estavam na aula de quimica, e eu estava na aula de História com o Sr. Pablo.
— Nossa e aquele jogo de ontem, foi demais não é? — disse Juh, alegre.
]— É, e estranho ao mesmo tempo — respondi.
— Ah Judy, qual é. O bruno nem deu a minima, pelo fato de você ser 'demonio'.
— Eu sei, mas nao é ele que me da medo.
— Quem te da? — perguntou Juh.
— Brenda Brondon classe, — disse Sr. Pablo.
— É a nova aluno da escola, e ela esta na nossa turma de história.
— Ela mesma — disse me abaixando na cadeira, era tarde.
Pois ela acenava, com um sorriso de maligna para mim. Me caguei inteira. Não acredito nisso, aquela ruiva idiota estava na minha classe.
— Me levantei, para jogar o chiclete fora.
— Srta Judy, não levante-se por favor, enquanto escrevo na lousa.
— Eu só vou..
— Srta Judy! — exclamou, Sr. Pablo.
— Tá tá ¬¬ — bufei.
— É uma ridicula mesmo, — disse Stella rindo.
— ESCUTA AQUI GAROTA — gritei, para todos ouvirem. — RIDICULA É VOCÊ, SUA SILICONADA LOIRA TINGIDA.
— O QUE? — gritou ela, pegando meus cabelos.
Eu dei um sorriso de deboche. Peguei seu pulso e virei, joguei ela com tudo na parede. Mas o pior nao era isso, era que eu nao a empurrei com o pé nem com a mao, eu só olhei para ela, e pensei no que ia fazer... Era como se eu mexesse as coisas com os pensamentos. Engoli a seco.
'Mais essa agora' — pensei comigo mesma.
Fui andando até ela e todos ficaram suspresos, e em silencio. Só dava para ouvir o meu salto batendo no chão.
— Ai Ai Stella, como eu tenho pena e nojo de você. Na verdade, quem é ridicula nesta história, é você joga ai como uma fracota, coisa que você é. — Sua vagabunda!
Todos fizeram novamente, OOH :O Me virei, e o ódio subiu mais ainda. Eu pisquei uma vez, e testei minha abilidade provavel nova. Pensei em dor, quase morte para Stella. Os olhos dela começaram a ficar vermelho, ela começou a gritar, e gritar. Seus olhos estavam ardendo, dava para ver.
— SR. JUDY, SR. STELLA JÁ PARA SALA DA DIRETORIA, AGORA! — exclamou Sr. Pablo.
Eu olhei para o professor, e pisquei novamente, fazendo com que Stella volta-se ao normal, e respirasse fundo. Ela ficou me olhando com olhar de medo, mas bem merecido.Agora ela saberia quem é que manda aqui.

@Narrado por Brenda Brondon.

Eu fiquei olhando aquela cena, horrorizada. Eu só estava naquela cidade, naquela escola, por um motivo. Caçar Judy Stanley. E depois daquele dia, percebi que caça-lá não seria tão facil assim. Como meu avó me dissera, Judy Stanley era um dos mais fortes. Demonios já existidos. Pois como a lenda diz, quando um demonio é criado por uma acaso, no caso de Judy, ele é mais forte mais bonito. Judy tinha poderes e forças que outros não tinham, mas mesmo assim não seria impossivel caça-lá. Arrumei meu casaco de couro preto, e voltei para lição.

@Na sala da diretoria ...

— Sr. Stanley, ficou maluca? Jogar a pobre colega para a parede? — gritou a diretora.
— EU NÃO A JOGUEI! Eu só virei seu pulso, e ela caiu no chão.
— É diretora, realmente ela não a tocou, quando Stella caiu no chão. — disse o Professor.
— Então como ela caiu no chão? Sozinha? Passe de mágica é que não foi!
Bufei.
— Você pode me explicar, o motivo da briga Sr. Stanley?
— Eu estava na minha e ela começou a me chingar.
— Hã, já era de se esperar, Sr. Stella, quando você vai aprender?
Stella baixou a cabeça.
— Precisava virar o pulso da Stella, Judy? — reclamou a diretora.
— Mas..
— Nada de mais, 1 semana de lição comunitária para escola.
— O QUE? — nos 2 gritamos.
— Isso mesmo mocinhas, depois da aula, 1 semana limpando os banheiros, salas, varrendo, e arrumando o ginásio. Ficamos entendidas?
— Mas.. — nós 2 reclamamos.
— Ah, que bom. Tchau meninas.
Nós duas saimos.
— A culpa é sua idiota — disse Stella.
— Culpa minha? Não foi culpa minha se você caiu que nem uma pata choca no chão.
— Não fui eu, eu sei que foi você, de algum modo... que não sei, mas vou descobrir.
Engoli a seco, afinal ela não iria descobrir nada né? Ou iria. Esqueci o fato, e voltei para a classe.
Eu estava na classe, fazendo minha lição mas não parava de olhar para Brenda, que por sinal, estava olhando para mim também. Ela me fitava, e dava aquele sorrisinho que eu odiava. O sinal tocou, e era hora do intervalo. Sai de pressa, e fui lá para fora, junto com Bruno, Lino, Juh e Cacau, comer nossos lanches.
— E ai Judy, pegou detenção, suspenção .. O que? — perguntou Lino, debochando.
— Haha engraçado, peguei ação comunitária na escola.
— Af, se deu mau. — todos disseram.
— É, eu sei. Obrigada — respondi, bufando.
— Eu fiquei sabendo, que a Bruna Brondon, está em algumas materias que você esta. — disse Bruno.
— Pois é, eu estou frita. Aquela ruiva idiota, eu não consegui nem fazer a lição direito hoje, porque ela ficava me fitando.
— Calma Judy, nós estamos com você! Nós vamos te ajudar — disse Bruno.
— Mas você também é um caçador, ta falando o que? — bufei.
— Sim, minha familia é caçadora também, mas é de demonios ruins, do tipo que 'nasceram' assim. Você não tem culpa que está com esses poderes e é imortal agora. Mas a Brenda, a familia dela não esta nem ai, 'culpa' nao tem no dicionario deles, e sim 'caçadas, mortes, e demonios' estao no dicionarios dele.
Extremeci, só de ouvir no que Bruno disse.Olhei para a porta da escola, e Brenda estava sentada nas escadas da porta, olhando para mim.
— Olha ela ali. Todos se viraram, e ela sumiu.
— Cadê? — perguntaram.— Não tem ninguém aqui, Judy. — respondeu Cacau.
Será que eu estou ficando louca? Nao é possivel, afinal.. ela estava ali? Ou não? Balancei a cabeça, e terminei meu lanche.
Agora era aula de educação física, e depois que acabasse, eu começaria a limpar o ginásio, enquanto Stella limpava a sala de quimica. Estavamos de aula vaga, pois era treino das lideres de torcida, e eu fiquei na arquibancada, junto com Cacau e Lino, vendo Bruno jogando e Juh treinando os passes de dança. Bruno era lindo, aquela pele, aquele olhar, aquela boca, aquela barriga, tudo nele era perfeito. E o que mais me irritava era que, por mais que eu era um demonio, ele continuava a ser meu amigo, ou talvez mais que isso. Ele nao sentia medo do futuro que poderia ocorrer, ele não estava nem ai. Isso era o que eu mais admirava nele, nao tem medo de viver, apenas.. segue sua vida sem riscos. Era assim que eu queria ser, mais por mais que eu tente, por mais que eu seja imortal, eu sempre tinha um medo, afinal eu nao era totalmente um demonio, eu era 50%, eu era a metade de um.
— Vou ao banheiro. — falei para Lino e Cacau.
— Você quer que eu vá junto? — perguntou Cacau, preocupada.
— Não, não precisa. Eu vou sozinha, — disse sorrindo.
Então fui, com a cara e a coragem para o banheiro, sabendo que de algum modo, algo iria acontecer. Algo chamado Brenda Brondon meu maior medo, neste momento.
Os corredores de Fernando High School, pareciam filme de terror. Todos vazios, e com portas granindo. Entrei no banheiro, fiz minha necessidade, minah higiene, e joguei uma água na cara. Respirei um pouco, e fechei os olhos, jogando novamente agua em meu rosto. Quando abri os olhos, estava Brenda, com uma tesoura na mao, e com uma cara de maligna. Levei um susto.
— Até que enfim, juntas novamente — disse Brenda.
— É, infelizmente.
— Vamos tornar as coisas, mais fáceis.. para mim, é claro.
Ela se aproximou e tentou cortar meu pulso, com a tesoura.Eu estava completamente irritada, aquela garota era chata, e adorava me perturbar. Pisquei uma vez, e a tesoura foi parar longe. Me aproximei, e ela foi se afastando. Fechei a mão, e ela não conseguia respirar. Era incrivel meus poderes, eu podia mexer com a pessoa apenas com gestos, e pensamentos. O sinal tocou, e todos estavam indo embora, menos eu e Stella, que teriamos que ficar para pagar a tortura. Me despedi de meus amigos, e começei a arrumar o ginásio. Ele era enorme, muito injusto para mim, que Stella limparia a pequena sala de quimica, e eu o enorme ginásio. Lavei, limpei, lavei limpei, passou horas e horas e eu estava na metade. Parei um pouco pra descansar e sentei no chão, tomando água e ouvindo uma musica.


Continua...

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