domingo, 7 de março de 2010

∿ Until the night falls - Nono Capítulo

(...)

Fui correndo até onde Lino estava e fui me desabafar. Eu estava com uma vontade enorme de chorar, mais fui forte e não chorei. Cheguei aonde Lino estava, e contei tudo pra ele que ele era da familia Cayson.
— Calma Judy, não fique assim. — Ainda temos que encontrar o aluno da familia Brondon.
— É.. — disse com a voz falha.
— É só você fazer com que ele nao descubra, pergunte pra ele sobre isso mas nao comente sobre você, Judy, você é forte, você sabera o que fazer.
Eu abraçei Lino e fui para minha aula, pois estava atrasada. O Lino sempre sabia como me deixar feliz novamente, mais.. confiante. Cheguei na sala com o sorriso aberto. Até ver Stella comentando.
— Fiquei sabendo que a aluna Brenda Brondon ira vir pra ca, não é demais? Ela é detetive de coisas sobrenaturais.
— Até parece que isso existe — disse Stella.
— Quem disse que não? — respondeu uma das amiguinhas.
Engoli a seco. Sentei em meu lugar, onde era meu refugio, pois sentava em frente ao garoto mais lindo, mas agora.. eu tinha era é medo de sentar lá.
— Judy, porque você saiu correndo hoje na hora da entrada?
— É.. porque, não sei.. deu a louca em mim. — disse virando a cara.
— Sabe Judy, estava pensando.. quer ir lá em casa, hoje?
Meu medo e ódio e todos os sentimentos ficaram embolados na minha garganta, eu queria vomitar, morrer, nascer e reviver. Apezar que já fiz isso, mas eu queria reviver, normal.
— Na sua casa? Dos Caysons? — gaguejei quando perguntei.
— É porque? Só porque esta em casa de exorcistas caçadores não é pra que ter medo né? Afinal, você não é demonio. Ou é?
— DEMONIO? EU? — disse pertubardamente rindo, parecia uma idiota.
Ele ficou assustado mais riu. É aqui vou eu, para a casa de um lugar onde eu não era bem vinda... literalmente.

Casa dos Caysons, 5:35 da tarde.


Olhei aquela casa enorme, branca com grades enormes e uma placa em cima da porta da entraga. Aqui mora uma familia feliz, a familia Caysons, longe de todo mal aqui não entra. Engoli a seco. Tecnicamente falando, eu nao era má né? Uma metade de mim que era, coisa diferente. Ah, quem eu queria enganar, eu era um demonio. - pensei bufando.
Bruno abriu a porta, e não havia ninguém na enorme casa, só uma mulher lavando a louça na cozinha a minha esquerda, dava para ouvir o som da água caindo.
— Mama? Esta em casa? — perguntou Bruno, olhando para a cozinha.
Uma jovem, não senhora mas também nao era nova, estava média. Olhos azuis que nem de Bruno, e um cabelo puxado para um loiro escuro.
— Oi filho, quem é amiga? — disse ela, se dirigindo para mim e sorrindo.
— Essa é Judy Stanley, ela é minha parceira de biologia.
— Prazer Judy, sinta-se em casa. — disse ela, sorrindo com um olhar de curiosa.
O medo me dominava, que eu mal conseguia responder para a pobre mulher.
— O-o Prazer é meu, — disse sorrindo.
Bruno me puxou para as escadas, e nós fomos para seu quarto. Graças a deus, não aguentava ficar mais um minuto na cozinha com a mulher caçadoras-de-Judy's.
Tomamos um suco, e demos uma parada nos estudos para conversar.
— Judy, eu estive pensando.. Sera que a Stella ficaria comigo?
— Ah eu acho que sim, você é bonito e ... O QUE? — perguntei afobada.
— É brincadeira — disse ele rindo. — Mas eu acho que to começando a gostar de uma garota..
Fiquei sem respiração. Meu coração começou a desabar.. Ficou em pedaçinhos e a dor foi se almentando cada vez mais e mais. Meu mundo tinha acabado. Como um garoto lindo, gostoso, perfeito, teria gostado de Stella? Ou de outra pessoa? Abaixei a cabeça e tentei ficar feliz por ele, mas eu não estava.
— Sério ? Que.. que .. legal — dei um sorriso torto.
— Mas nao sei se ela sente o mesmo.. entende.. — ele disse com a voz falha.
— Quer que eu pergunte pra ela? Só me dizer quem e ..
— Você.

Eu fiquei pálida, eu? Judy Stanley? Euzinha? Me tremi toda. Ele foi se aproximando e aproximando. Nossos lábios estavam a um passo de se beijar até que ... Meu telefone tocou.
— Judy onde você esta? — era Cacau ( Catarina)
— Na casa de Bruno, porque?
— Hmmm.
— Vai se fuder, o que você quer?
— Nada, ta confirmado amanha na sua casa né?
— O que?
— Filme, pipoca, pizza, jogos, fofocas, garrafa...
— Ah sim, ok.
— Convida.. o Bruno.
— Tá tá, beijos e .. obrigada ¬¬—
— Ham?
— Tchau.
Desliguei o telefone revoltada. Bela amiga, me ligar justo quando Bruno estava preste a me beijar. Bufei.
— Então, amanha vai ter um cine pipoca e etc na minha casa, topa? — perguntei vermelha.
— Ah.. ér, que horas? — perguntou ele, também vermelho.
— Umas 6hrs.
— Tudo bem.
— Vou indo agora, se não fica tarde.
— Quer uma carona?
— Não não, eu vou a pé.
— Tudo bem, — sorriu.
Ele me deu um beijo no rosto, e me levou até a porta. Fui caminhando na escuridão até minha casa, e passei por uma casa amarela.
Era a antiga casa dos Deltons, nós chamamos essa casa de mal assombrada, ela estava abandonada a anos. E quem iria comprar essa casa? Olhei para a janela, e tinha uma menina de cabelos ruivos, se pentiando na janela ela olhou para mim, e parecia que seu olho estava vermelho, de chamas. Me joguei atrás da mata e olhei para porta havia uma placa lá. Não conseguia enchergar, peguei meu celular e tirei uma foto. Dei zoom, quando vi o nome fiquei sem folego. ''Residencia dos Brondons'' , Desmaiei.

Continua ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário